quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Mukero


Por debaixo do sol vai um homem
Adulto ou já velhinho talvez
Pés descalços em rotas sacas
Já vão dois, três ou dez

Cortam por debaixo das mãos
Cheias de calos de bolhas de sangue
A vida que traz neles a escravidão
Em que a pobreza é colono e patrão

Lá vão eles para a cidade
Por debaixo da chuva e tempestade
Vão para Baixa e Xiphamanine

As mulheres têm fardos gordos
E no colo um menino mimado
Vão para casa do patrão em Hulene

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