segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O amor como reencontro de duas subjectividades

Há na vida e ao redor da nossa pacata mundividência coisas que são em si já um sustentáculo do nosso caminhar – na verdade, uma vida, uma história; há expressões que pelo nome que levam, já nos são milenares; carregam consigo septernas civilizações e contornos de idades que se foram e se vão, desvãos de histórias e historietas em que algumas como estas com tamanho de um punhado cerrado de vergonha que até hoje nos sustentam e ainda com seus delicados contornos sabem com maior naturalidade e satisfação transportados até nós, segredarem-nos dos obstáculos que a evolução não lhe poupou de represálias e concatenações. Evolução, não somente da espécie mas também dos temos que fazem connosco uma historia e conferem ao homem não uma natureza já existente, pré-determinada como nos dizia Hegel no seu Idealismo Absoluto, mas uma oportunidade única e irrepetível, única e inefável – uma verdadeira epifania de possibilidades que a vida nos da para que cada amanhecer do Sol nos possamos tornar novas pessoas e buscar dentro de nós, a imortalidade que se nos apresenta como a penetração profunda e incansável para dentro das nossas esferas que se diga com maior modéstia – geológicas.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Espelhando o dia do Estudante

Comemora-se hoje, mais um dia do estudante em Moçambique e pelo mundo inteiro, e sendo eu, um deles, ou seja, espelho do estudante no meu país, me vejo numa posição privilegiada para falar daquilo que é o dia-a-dia dessa classe aparentemente considerada, na chamada pérola do Índico (Moçambique). Digo “aparentemente considerada”, pelo simples facto de ser uma classe frequentemente enaltecida nos discursos ou mesmo nos programas do governo, mas que na realidade nada por ela é feita no sentido de se melhorar a sua condição, quer do ponto de vista das infra-estruturas, quer do ponto de vista da qualidade do seu ensino e também, não menos importante, do seu enquadramento após a sua formação.
Contudo, a classe estudantil não parece preocupada com o actual cenário, visto que nada faz para reverter a situação sendo que, os representantes dos estudantes (as associações e núcleos estudantis) claramente apadrinhadas por grupos de interesse, quer no governo, quer na academia, estão acomodados com as suas posições, pois deles tiram proveitos próprios, relegando para o segundo plano os anseios dos estudantes no geral.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Por favor, afaste-se de mim

O Grupo Escolar, diz que tu és um líquido incolor, volátil, com odor característico, obtido através da fermentação de uma solução que contenha açúcar. Dizem eles ainda, que és uma droga psicotrópica, lícita, que satisfaz temporariamente uma necessidade de euforia, proporcionando um alívio temporário de tensões psicológicas ou físicas e que tens sido usado desde o início da civilização humana, constando na história de variados povos que por este planeta passaram.
Mas não é sobre tua definição, muito menos da tua história, que eu quero falar. Quero sim, debruçar-me sobre o perigo que tu constituis, para mim e para humanidade no geral. Conheci-te, vão lá sete anos, quando pela primeira vez, senti teu sabor amargo, que no entanto, em pouco tempo tornou-se agradável, particularmente pela tua capacidade de satisfazer as necessidades de quem quer que seja, para qual for o desejo, até para comportamentos comparados aos de animais como macaco, leão e porco, sendo que cada comportamento equivale a um determinado estágio, que por sua vez, é ditado por quanto tu és consumido.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pottermore

A saga do feiticeiro Harry Potter, escrita pela britânica J.K Rowling, que compreende sete volumes, é sem dúvida um dos maiores êxitos editoriais do nosso tempo: 450 milhões de exemplares vendidos, traduzidos em 67 línguas, milhões de euros ganhos e consequente colocação da autora na posição de mulher mais rica na história da literatura.
Iniciada em 1997 com a publicação de Harry Potter e a Pedra Filosofal, a série foi concluída em 2007. Porém, o anunciado fim da série não acabou com o universo do feiticeiro. Recentemente, talvez para responder às solicitações dos leitores, e continuar a alimentar o imaginário dos muitos admiradores, a autora anunciou no Youtube a criação do sítio Pottermore, no qual os leitores participarão em “uma experiência online”, podendo dialogar com fãs de todo o mundo, conhecer         detalhes nunca antes revelados sobre a série e contribuir para a construção da história, cada um a seu modo. No vídeo, a autora agradece aos fãs, e adianta que neste sítio o “mais importante será” o leitor.