sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Vovó Maria respira de alívio: o filho voltou, mas doente

Passavam-se 25 anos, que a vovó Maria, como é carinhosamente tratada no seu bairro, não via um dos seus filhos, que saíra aos 25 anos de idade, migrando para a terra do rand (África do Sul), a procura de melhores condições de vida. Com 25 anos, o filho partiu, com promessa de voltar logo que conseguisse algum dinheiro pelo trabalho que ia fazer na África do Sul, para ajudar a mãe e projectar sua própria vida. Anos e anos passaram, o filho não dava notícias, muito menos visitava a casa e o país que o viram nascer. Em cada dia e noite, que o tempo ia consumindo, vovó Maria, perdia esperança de voltar a ver o filho, desapontada e desesperada chegou a excluí-lo dos que pelo seu útero passaram…”aquele já não é mais meu filho… que fique lá mesmo na África do Sul…”, assim desabafava, a vovó Maria.
O que mais lhe doía, era saber que o filho estava vivo e são, pois recebia informações de outros filhos seus também trabalhando na África do Sul, mas que a visitavam, sempre que pudessem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Emmy Xyx, lança sua primeira obra literária intitulada “Espelho”

A escritora moçambicana Manuela Xavier, pseudónimo “Emmy Xyx”, fez na passada terça-feira, no estúdio auditório da Rádio Moçambique (RM), o lançamento da sua primeira obra literária intitulada “Espelho”, depois de muito tempo a publicar artigos nos jornais Zambeze e Embondeiro. Sob chancela da editora Fundac (Fundo de Desenvolvimento Artístico e Cultural), a obra contou ainda com o apoio da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) e da RM, que esteve representada pela respectiva directora Julieta Mussanhane, que afirmou que o lançamento do livro encere-se na responsabilidade social da instituição. 
Na sua intervenção Emmy Xyx, disse ironicamente que “Espelho”, era um livro escrito de braços amputados e com esferográficas emprestadas e doadas, como forma de mostrar seu agradecimento a todos que a apoiaram, nomeadamente os patrocinadores que tornaram possível seu trabalho, familiares e amigos pela força e acompanhamento.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Go the f*** to sleep.

Tornou-se rapidamente um fenómeno, em parte graças à circulação de cópias piratas na internet, e semanas antes do seu lançamento chegava ao topo dos livros mais vendidos da Amazon, uma das maiores livrarias online do mundo. Escrito pelo americano Adam Mansbach e ilustrado por Ricardo Cortés, tem uma versão narrada por Samuel L. Jackson, disponível no Youtube, também esta de grande sucesso, tendo inclusive feito concorrência ao áudio livro do último livro da série Harry Potter. Reconhecendo os sacrifícios dos pais para adormecer as crianças, o livro é descrito como “profano, afectuoso e radicalmente honesto”, no sítio da Amazon.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Hegemonia Partidária da FRELIMO


Hegemonia partidária é segundo Mainwaring[1], citando Sartori, um sistema em que o partido oficial sempre ganha as eleições importantes, embora os partidos de oposição possam vencer em alguns contextos locais, e eleger membros para as assembleias estaduais e nacional. Não se permite aos partidos da oposição competirem em pé de igualdade no mesmo nível, e se eles vencem “demasiado” apesar do desnível dos jogos, a repressão e a intimidação podem ser usadas como represália.
Na mesma linha de pensamento, Ronning, citado por Forquilha[2], afirma que hegemonia partidária significa um sistema em que apesar de haver eleições mais ou menos competitivas, o partido no poder domina e os partidos da oposição tendem a enfraquecer de eleições em eleições e o partido no poder frequentemente comporta-se com um certo grau de auto-suficiência e arrogância, o que contribui para a apatia dos eleitores e abstenção.
Em Moçambique, à semelhança do que aconteceu noutros países africanos, após a independência adoptou-se o monopartidarismo, o que teria criado tensões interna e externamente, forçando o partido no poder a uma transição política para a democracia, com aprovação da constituição de 1990, que defendia entre outros direitos, o multipartidarismo, o que veio a concretizar-se com a realização das primeiras eleições gerais e multipartidárias em 1994. Assim sendo, estava aberto um campo político de liberdades políticas e porque que não, para alternância de poder em Moçambique.