terça-feira, 16 de novembro de 2010

Condução vs “guiadores” na cidade de Maputo

Falar da má condução na cidade de Maputo, é falar de um assunto que toca a sensibilidade da maioria esmagadora dos utentes desta cidade, e de forma particular aos citadinos residentes nas zonas suburbanas.
Vários são os factores apontados como estando por de traz da condução anárquica que aqui se vive, a começar pela falta de habilidade dos “guiadores” aliada a ausência de transparência por parte das escolas de condução na atribuição das cartas; um segundo factor seria o crescente aumento de automóveis, chegando a constituir um grande impasse, pois a cidade mostra-se incapaz de absorver todos carros que aqui circulam, devido em parte, a ausência de vias alternativas de acesso, sendo que as existentes encontram-se degradadas; e uma terceira causa relaciona-se com a fraca capacidade das autoridades em accionar mecanismos de controlo rígido no trânsito desta cidade.
Estas e muitas outras causas aqui não mencionadas, tem sido levantadas como sendo o grande calcanhar do trânsito na chamada cidade das acácias, mas eu prefiro falar deste problema considerando como causa principal, o mau comportamento de todos automobilistas, pois entendo eu que apenas “o bom fará o bem”. O nível de escândalos e de indisciplina nas estradas nesta cidade é tão alto que duvido que até a melhor polícia de transito de mundo possa eliminar, os cortes de prioridade, condução em alta velocidade e em estado de embriagues, a não observância das regras mínimas de transito ou pelo menos do pouco que se aprendeu na escola, e mais grave, o não respeito pelos peões, são próprias e intrínsecas do comportamento dos automobilistas do Maputo. Muitos de nós atiramos a culpa aos transportadores semi-colectivos e nalgumas vezes a polícia, mas culpa é de todos os “guiadores”, incluindo os dirigentes políticos, que cinicamente numa condução tão obscena, mas tão obscena exigem passagem especial, acompanhados pelos seus “capangas” numa poluição das serenas por todo lado. Estas palavras são de um cidadão angustiado e frustrado pela condução do Maputo, que para além de aturar os cobradores males educados nos “chapas”, e as péssimas condições em que é transportado, num nojento cheiro e nauseabundo, sem certeza de chegar ao destino, deve suportar ainda as manobras e manipulações perigosas dos “guiadores” por toadas as avenidas desta cidade.
Ofice Jorge

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