Anualmente, quando este dia chega, o país do Ruvuma ao Maputo, do Índico ao Zumbo pára, para dizer obrigado mulher moçambicana.
Mas porque será este dia tão importante?
A história de um povo, é feita de memórias, e a nossa não é excepção. O povo moçambicano, neste dia lembra homenageando, Josina Abiatar Muthemba, que depois de casar com então presidente de Moçambique, Samora Machel, passou a chamar - se Josina Machel.
Josina Machel natural de Inhambane, abandonou seus estudos e tudo, para se juntar à FRELIMO, na luta contra o colonialismo português. Guerrilheira e activista moçambicana, esta mulher, nasceu a 10 de Agosto de 1945 e morreu no dia 7 de Abril de 1971 vítima de doença. É em homenagem a esta figura, que Moçambique celebra oficialmente 7 de Abril como dia da mulher moçambicana.
Josina é o exemplo de uma mulher lutadora, que muito cedo entregou sua vida à nação, para lutar por uma nobre missão – libertar o povo moçambicano do jugo colonial, tendo se destacado durante a luta, ao fundar o Destacamento Feminino, assim como ao impulsionar a criação do Centro Infantil de Nangade em Cabo Delgado, onde elementos do Destacamento Feminino, tomavam conta das crianças que ficavam órfãs, ou crianças cujos pais estavam ausentes, no combate pela libertação nacional junto à FRELIMO.
Esta figura, hoje heroína, é sem dúvida a inspiração de milhares de mulheres, que a tem como modelo e exemplo a seguir, que dia pós dia, engajam-se na luta contra pobreza que ainda nos apoquenta, caso para reafirmar e validar a ideia segundo a qual “educar uma mulher é educar uma sociedade”.
Josina Machel, destacou-se também, ao ser uma das primeira a lutar pelos direitos da mulher e igualdade de género.
“Antes da luta, mesmo na nossa sociedade, as mulheres tinham posição inferior. Hoje na FRELIMO, a mulher moçambicana tem voz e um importante papel a desempenhar, pode exprimir as suas opiniões; tem liberdade de dizer o que quiser. Tem os mesmos direitos e deveres que qualquer outro militante, porque é moçambicana, porque no nosso Partido não há discriminação baseada em sexo”. (palavras de Josina Machel durante a luta)