Assunto: Por uma cidade de Xai-Xai cada vez mais distante dos erros das grandes cidades, uma cidade da actualidade.
Quero antes de mais nada endereçar as minhas sinceras saudações a senhora Presidente do Município da cidade de Xai- Xai, Rita Bento Muianga, ao senhor Presidente da Assembleia Municipal Matias Albino Parruque, bem como a toda vasta equipa de profissionais que cuida dos destinos desta cidade.
Excelência, é do conhecimento de todos que a cidade de Xai-Xai está crescer a cada dia que passa, falar de Xai-Xai de acerca de 10 anos atrás, não é o mesmo que falar de Xai-Xai de hoje, quer do ponto de vista da densidade populacional, urbanização, infra-estruturas sociais e comerciais, serviços, espaços habitacionais, tráfico quer de pessoas assim como de viaturas ao longo da cidade. Excelência apesar de estar a residir fora da cidade de Xai-Xai por motivos académicos, tenho de confessar que me surpreendo positivamente cada vez que para aqui me dirijo. É tanta mudança, e desde já concordar com o vosso slogan, “juntos trabalhamos por uma cidade de sonho”. Não há como negar, a minha cidade natalícia está crescer em todas dimensões, e é muito bom, é de salutar, mas dum lado, isto torna-se maléfico, pois com este crescimento vêem grandes perigos, e típicos dos grandes centros urbanos, desde o super povoamento, roubos, criminalidade, falta de transportes, falta de espaços para estacionamento de viaturas ao longo das avenidas, poluição a todos níveis, falta de espaços habitacionais, desemprego, etc. E pelas minhas constatações sempre que visito a cidade, tenho de alertar a senhora Presidente que a cidade está a caminhar ao encontro destes problemas, pois estão a ser cometidos os mesmos erros que foram cometidos pelas grandes cidades, um exemplo claro é a cidade de Maputo (capital do país). Erros que variam desde, a concentração das principais infra-estruturas e serviços zona baixa da cidade, banhada pelo rio Limpopo (tornando-a numa zona muito propensa as cheias), e da Estrada Nacional no1 (EN1), grandes investimentos comerciais localizados ao longo da EN1, exemplificando, Shoprite, KFC, Fashion Word (esta última que abriu a pouco), localizando-se num raio de separação não superior a 400 metros. Do ponto de vista de atracão de maior clientela até que é bom que estes centros estejam próximos uns dos outros, mas para o município isto torna-se prejudicial, na medida em que tudo acontece ao longo da EN1, por sinal a única estrada que uni o país do sul ao norte, ou vice-versa. Em termos práticos, isto significa uma circulação constante de viaturas (de pequena e grande tonelagem), vindas das províncias, que vão se misturando com viaturas em circulação ao longo da cidade, ou estacionadas ao longo da EN1 pois, as maiores actividades situam-se também ao longo da EN1. Contudo esta mistura de erros, vai trazer consigo: maior congestionamento de viaturas, elevado número de acidentes do tipo choque entre viaturas, maior perigo para os peões, atropelamentos, e a necessidade de instalarão de semáforos de forma a regular o trânsito dentro da cidade.
Este, é um dos problemas, dado que um outro problema que parece estar a ganhar terreno ao longo da cidade, é a falta de transportes semi-colectivos, em particular nas horas de ponta e no período das festas de fim do ano. Nas horas de ponta (concretamente no período da tarde e inicio da noite, das 15 as 19h), as paragens da Praça, Bim grande, Dimac, Take Away, Mercado, 8º Congresso, registam grandes molduras humanas que suportam a dura realidade de ficar horas e horas e em pé a espera de um transporte.