Todo ser humano vive para si mesmo, quer dizer: tudo quanto nos leva no quotidiano movermo-nos de um lado para outro, de uma esquina para outra, não é mais do que a nossa própria preservação. No entanto, pés embora o objectivo final dos homens seja o mesmo, os meios para tal diferem, pois o ser e o estar de cada um, é moldado de acordo com uma determinada realidade. Daí que conforme seu mérito, cada pessoa procura o seu meio adequado para conquistar a vida.
Academicamente, uns optam pelas ciências exactas e outros pelas sociais, como forma de melhor conhecerem a realidade que lhes rodeia, para posterior conversão em seu benefício. Os conhecimentos adquiridos durante a escolarização, permitem a cada um posicionar-se profissionalmente dentro da sociedade numa determinada área. Enquanto uns trabalham como médicos, engenheiros outros trabalham como professores, advogados, etc.
Entretanto, as acções de cada profissional só tem espaço e validade num lugar chamado sociedade, que é portanto a esfera onde as pessoas compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.
A sociedade sendo um conjunto de pessoas, só poderá existir se ela for dirigida e ordenada por uma pessoa denominada Estado. O Estado com suas ferramentas exclusivas e legítimas, acciona mecanismos para uma coexistência pacífica dentro da polis (cidade). Com isto, fica claro que tudo quanto diz respeito a sociedade, deve passar pelo poder político. Sendo o homem, um ser que luta pela sua própria preservação, mas que para o efeito, precisa de socializar-se, interagindo com os outros, dado que a vida em sociedade só tem lugar na polis, então o homem não pode viver alheio à política. Digo política, porque é o único mecanismo e indispensável, seja para o Estado garantir o equilíbrio das forças sociais, como para o próprio cidadão viver e estar bem dentro da polis.
Com estas pequenas palavras quero caro leitor, lhe alertar da necessidade de ser simpático à política. Ser simpático a política, não implica dar sorrisos aos políticos, pelo contrário não aconselho amizade com eles. Simpatia política diz respeito, ao estar dentro dos assuntos da polis, a participar das decisões que lhe dizem respeito, usando de tudo quanto lhe é disponível para fazer chegar as suas vontades e desejos ao centro do poder. Só inseridos neste espaço, é que poderemos fazer reclamações e reivindicações plausíveis e com maiores possibilidades de aceitação política. Nós podemos ser bons profissionais nas nossas áreas de acção, mas só poderemos ser bem sucedidos e reconhecidos dentro e vivendo a polis. É Este conjunto de ferramentas e outras aqui não mencionadas que permitem ao homem possuir uma mente politicamente iluminada.
Ofice Jorge
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